A amputação de um membro corporal causa impactos significativos na vida da pessoa, pois envolve mudanças afetivas que incluem o luto e seus processos. As manifestações mais comuns, aparecem logo no da situação: revolta, medo e incertezas, passam a ser constantes já no processo operatório. Fenômenos como o isolamento social, baixa autoestima e até mesmo episódios de extrema irritabilidade, são observados e esperados no comportamento de quem enfrenta uma amputação.

Após o procedimento, o sujeito depara-se com uma nova realidade, dependendo do seu nível de amputação, modifica-se o grau de comportamento relacionado a superar os desafios psicológicos pós amputação. Por exemplo, costuma-se pensar que quem amputou um membro superior, como um dedo da mão, irá sofrer mesmo do que quem é amputado de membro inferior, como transtibial ou transfemoral, o que não é verdade.

Do ponto de vista psicológico, o sofrimento pela perda é baseado nos mesmos princípios, pois algo visível em seu corpo se foi, uma parte que complementava a sua forma corporal não está mais lá, exigindo a aceitação do próprio amputado acima de tudo.

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É importante salientar que qualquer processo de perda, envolve sofrimento e capacidade de superação, que variam conforme o contexto social, histórico e cultural no qual o indivíduo encontra-se inserido.

Para cada pessoa envolvida no processo de amputação, existe um simbolismo e entendimento sobre a realidade. Para pessoas que sofreram por anos com dores crônicas, processos infecciosos graves da diabetes, como o pé diabético, pode significar “liberdade”, já que estes por muitas vezes enxergam a amputação como forma de alívio. Porém, não estão salvos das consequências psíquicas que o procedimento envolve.

Outros sofrem pela perda súbita do membro, seja em acidentes de trânsito ou trabalho, doenças graves que surgem rapidamente e que uma das poucas soluções é a amputação. Neste caso, o choque, o desespero, o medo e as inseguranças aparecem em dobro, já que todo o processo aconteceu subitamente.

A psicoterapia surge como uma das principais formas de auxílio no enfrentamento da situação e entendimento das fases do luto por esta perda. Os sentimentos de medo diante da nova imagem corporal; o receio da não aceitação dos outros e as limitações da nova realidade, são fatores que rondam a mente de sujeitos submetidos ao procedimento cirúrgico de amputação.

A psicoterapia especializada e focada neste aspecto, trabalha em prol da recuperação do paciente, orientando a pessoa amputada na identificação de seus sentimentos e conseguindo auxiliar na diminuição de dores neurológicas também, como a síndrome do membro fantasma.

Isso proporciona mudanças significativas em suas capacidades de enfrentamento, o que reflete diretamente em sua qualidade de vida e reabilitação física e mental, tornando-se capaz de concluir a adaptação de maneira adequada e saudável, evitando ou diminuindo as chances de o paciente desenvolver psicopatologias relacionadas ao luto, por perda de membro corporal, como a depressão, por exemplo.

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