A Síndrome do Membro Fantasma é uma condição neurofisiológica, na qual a parte amputada desmembra-se do corpo, porém, não do cérebro, ocasionando fortes dores.

De acordo com o Dr. Raphael Sancinatti, ela pode se manifestar de duas maneiras: sensação ou dor fantasma crônica.

A causa específica para essa condição neurofisiológica se manifestar, ainda intriga boa parte dos profissionais da área da saúde, uma vez que não possui uma razão específica para acontecer.

Amputados relatam a sensação do membro que na verdade está ausente e muitos por medo ou vergonha, acabam escondendo da família, amigos e até dos profissionais e acabam não procuram tratamento.

COMO FUNCIONA A SÍNDROME DO MEMBRO FANTASMA?

Para ficar mais claro como a síndrome do membro fantasma funciona, vamos supor que nosso cérebro é um computador e nossa perna uma impressora.

Se cortar os fios que conectam essas máquinas, o computador ainda reconheceria a conexão, mesmo que os fios estivessem danificados. É uma falha de comunicação entre nosso corpo e cérebro, o maior responsável por construir nossa imagem corporal.

SENSAÇÃO DO MEMBRO FANTASMA:

Trata-se de ainda sentir o membro, mesmo após a amputação.

Por exemplo, alguém que tenha amputado um braço e esteja sentado ao lado de um telefone tocando. Involuntariamente, seu primeiro impulso é o de tentar atendê-lo, mesmo que o braço não esteja mais lá.

É basicamente o que acontece: o cérebro tem uma certa dificuldade em entender que o corpo perdeu uma parte. Cerca de 70% dos amputados dizem senti-la ao longo da vida.

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DOR NO MEMBRO FANTASMA:

Sem causa aparente, é uma ilusão que machuca de verdade, já que os pacientes relatam sentir forte ardência, queimação ou até mesmo beliscões no membro amputado.

Geralmente essa dor pode se intensificar ao longo dos anos, e tende a aparecer com maior frequência em pacientes que sofreram amputação traumática.

Os sintomas podem estar relacionados a aspectos físicos e também psíquicos.

QUEM PODE SOFRER COM SÍNDROME DO MEMBRO FANTASMA?

Praticamente qualquer amputado –  seja de membros superiores ou membro inferiores, como a desarticulação de quadril ou joelho, transfemoral e transtibial – está sujeito a vivenciar a síndrome do membro fantasma ao longo da vida.

PSÍQUICO OU PSICOLÓGICO

Por muitos anos acreditavam que a sensação do membro fantasma era de origem psicológica, mas a partir do século XXI, essa convicção foi substituída pela “teoria fisiológica”.

Segundo pesquisas, essa síndrome se relaciona às áreas do córtex pós-central, que são responsáveis por determinar mapas somatossensoriais, com ênfase ao mapa do giro pós-central. Com isso, cada pessoa tem uma imagem que o representa, chamada de “imagem corporal”. 

Todos temos a nossa ” imagem corporal” e ela é desenvolvida em cima de diversos fatores como ideias, percepções e emoções e tudo isso está sempre em mudanças.

Estamos acostumados com nosso corpo completo e quando ocorre uma amputação pode ser difícil a adaptação e mesmo que o membro não exista mais a sua área de representação no córtex continua ativa.

O membro fantasma acontece devido a fatores psíquicos e fisiológicos, mas é a  “teoria fisiológica” que explica as sensações vividas pelos pacientes.

COMO TRATAR A SÍNDROME DO MEMBRO FANTASMA?

A melhor forma de combater a síndrome do membro fantasma, é comunicar o fisioterapeuta ou outro profissional qualificado na área e que o amputado tenha contato direto. Através de medicamentos, fisioterapia, acupuntura ou até outros tratamentos alternativos, os sintomas podem progressivamente diminuírem.

Uma solução muito interessante que visa diminuir os efeitos da dor no membro fantasma é o experimento da caixa de espelhos criado pelo Dr. Ramachandran, que consiste em colocar um espelho ao lado do membro que não foi amputado, a fim de enganar o cérebro, dando a impressão de que as duas extremidades corporais ainda estão lá, diminuindo assim, a dor fantasma.

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