Há 10 anos, aos 12, a família de Jéssica Araújo sofreu um grave acidente automobilístico. A colisão do veículo com um poste, ocasionou uma descarga elétrica de alta tensão que tirou a vida de seu pai, um amigo da família e a deixou sem os movimentos do pé esquerdo. “Após a descarga, já não sentia mais meu pé”, conta.

O acidente a deixou no hospital por um ano, já que além da amputação transtibial, Jéssica também teve queimaduras de 2° e 3° grau pelo corpo.

Se a idade de 12 anos já é complicada para muitas adolescentes, quando se tem uma amputação é ainda mais difícil. “Tive vários momentos de fraqueza, tinha minhas dúvidas, medos e receios. E quando se perde um membro corporal, todas essas questões se potencializam dentro de nós. Acabei tendo que me reconhecer dentro de uma nova realidade”, relembra.

Para ela, uma das partes mais difíceis foi a protetização, o período de colocação da prótese ortopédica. “Quando a vi pela primeira vez, achei horrível! Parecia uma perna de boneca. No início tinha muita vergonha e queria que a prótese ortopédica fosse igual à perna que perdi. Sempre usava roupas que a escondessem”, desabafa.

A primeira prótese ortopédica utilizada pela Jéssica, era do Sistema Único de Saúde (SUS), porém, ela não se adaptou muito bem. “Ela não me proporcionava nem qualidade de vida, muito menos independência, então resolvi buscar alternativas, e numa dessas encontrei a Conforpés, quando vi a Camille Rodrigues usando uma prótese de salto alto. Era um desejo enorme que eu tinha”, afirma.

Esse foi um dos principais pontos de mudança para Jéssica após sua amputação. “Era muito nova e não tinha noção de como a tecnologia de próteses ortopédicas estava avançada. Quando conheci a Conforpés e adquiri minha primeira prótese ortopédica com eles, minha vida mudou da água para o vinho. Passei a me ver com outros olhos, de uma maneira diferente. Aquela garota que queria esconder a prótese ortopédica não existe mais.”, admite.

O carinho de Jéssica pela Conforpés mostra a importância da empresa em sua vida. “Eu tenho o Nelson e o Nelsinho como anjos da guarda em minha vida. Grandes amigos que me fizeram crescer como pessoa, me ajudaram a recuperar minha autoestima e permitiram que eu me redescobrisse”, confessa. Jéssica participou de um ensaio fotográfico para o calendário do Movimento Mais bonito, no ano passado.

Jéssica Araújo, que é apaixonada pela área da saúde, está no sexto semestre de Fisioterapia e pretende compartilhar sua experiência com os pacientes.

“Nada foi fácil e nem confortável. É importante destacar isso. As pessoas acham que nascemos fortes, corajosas e com autoestima elevada, mas na verdade, tudo isso é um exercício diário. No começo, como é normal, ficamos desanimados, sem perspectivas, mas é importante dividir a experiência de que esses sentimentos são parte do processo, e o início da mudança depende muito de nossa força de vontade e disposição para encarar desafios todos os dias.”

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