De acordo com a Federação Internacional, a Diabetes atinge cerca de 7% da população brasileira e mais de 537 milhões de pessoas ao redor do mundo todo.

Desses dados, estima-se que ao menos 10% sofrerá algum tipo de amputação ao longo da vida, devido as complicações do pé diabético.

Considerada por muitos especialistas uma epidemia mundial, a diabetes é uma doença crônica e silenciosa, que atinge principalmente a produção e distribuição de insulina por todo o corpo.

Mas como uma doença que afeta essencialmente o sistema cardiovascular, é a principal responsável por amputações não traumáticas no país?

O que é diabetes?

Primeiro, vamos entender como nosso organismo funciona: o pâncreas é o órgão responsável por produzir insulina, que permite que parte do açúcar consumido seja armazenado ou convertido em glicose, a principal fonte de energia corporal.

Quando alguém é diabético, essa produção ou liberação de insulina é comprometida, acarretando danos severos para a saúde.

A diabetes é dividida em duas categorias:

  • Tipo 1: o sistema imunológico do paciente cria anticorpos que atacam as células beta pancreáticas, dificultando a produção e distribuição de insulina. Os sintomas principais são: cansaço, diurese, perda de peso acentuada, fome, fraqueza e sede excessiva.
  • Tipo 2: a pessoa passa a ser resistente à insulina, ou seja, o corpo para de responder ao efeito deste hormônio, aumentando a concentração de açúcar no sangue. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos ou obesas.

Amputações e diabetes

Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, a diabetes é responsável por 70% das amputações. Os problemas costumam surgir com mínimos machucados, que podem avançar para infecções severas, úlceras e até mesmo a síndrome do pé diabético.

Por afetar a circulação sanguínea graças ao estreitamento das artérias e veias, atrapalhando assim a oxigenação e nutrição dos tecidos, independentemente de qual seja seu tipo.

Caso não seja tratada, a falta frequente de oxigênio no sangue pode causar cegueira, insuficiência renal, problemas vasculares e dificuldade na cicatrização, frequentemente resultando em um de nível de amputação de membro inferior pré-agendada.

Os membros superiores também são afetados, já que é alto o número de pessoas que amputaram algum dedo da mão, devido a má cicatrização proveniente da diabetes.  

Síndrome do pé diabético

A Síndrome do Pé Diabético é uma complicação da Diabetes, no qual qualquer lesão no pé pode acarretar úlceras diabéticas e posteriormente, amputação total ou parcial do membro atingido.

Esta síndrome aparece quando a circulação sanguínea do paciente está comprometida e os índices de glicemia estão alterados.

De acordo com o Ministério da Saúde, 85% das amputações de membros inferiores relacionados ao Diabetes são decorrentes de ulceração no pé.

Os principais sintomas são a redução da sensibilidade, sensação de “picadas de alfinetes”, formigamento nos pés, dormência, queimadura e pés gelados.

Essa diminuição na sensibilidade pode ocasionar lesões indolores, que tendem a piorar com o passar do tempo, sendo imprescindível que o diabético tome mais cuidado com essa parte do corpo.

Principais cuidados para o pé diabético

Para cuidar do pé diabético é preciso ter alguns cuidados como: manter os pés limpos e utilizar sapatos confortáveis; ver diariamente a pele dos pés; não andar descalço; controlar a taxa de açúcar e sempre tratar imediatamente os ferimentos.

Apesar da amputação do Pé Diabético ser mais recorrente em pacientes com mais de 60 anos, e os procedimentos cirúrgicos serem mais frequentes nos dedos e abaixo do tornozelo, todo diabético deve manter o corpo saudável.

Quando o paciente diabético necessita amputar algum membro corporal, o acompanhamento psicoterápico começa já na fase pré-operatório, visando preparar a pessoa para a nova realidade, uma vez que superar os desafios psicológicos pós-amputação não é fácil e exige muito empenho do paciente e das pessoas próximas a ele.

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