De acordo com nosso fisioterapeuta Dr. Raphael Sancinetti, o tempo de adaptação às próteses ortopédicas varia de caso para caso: “Não podemos estabelecer um prazo fixo porque há uma variedade de características específicas dos pacientes que são determinantes neste período”, explica.

Mas, quais são as características que devemos levar em consideração durante a reabilitação e fisioterapia?

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Primeiro de tudo, é importante saber que dores e leves desconfortos atrapalham no início, dificultando o uso contínuo da prótese ortopédica, mas, com os dias a vermelhidão e a ardência no coto tendem a desaparecer.

O fisioterapeuta destaca que há diferença entre andar com uma prótese e estar adaptado a ela.

“É como um sapato novo. Você consegue colocá-lo e sair andando logo no início, mas também vai percebê-lo apertado ou desconfortável, machucando um pouco o dedo. Esses incômodos passam com o tempo, já que o pé se acostuma com sapato. Funciona da mesma maneira com a prótese ortopédica”, afirma.

O Dr. Sancinetti explica também que entre os diversos fatores que influenciam no tempo de adaptação às próteses, alguns devem ser destacados:

1 – IDADE DO PACIENTE

Segundo o Dr. Raphael, a idade é um fator que influencia muito. “Por exemplo, com o tempo o corpo diminui o número de fibras musculares, fazendo com que o indivíduo tenha uma leve perda progressiva na força muscular, as articulações começam a doer e possuem um desgaste maior”, declara.

2 – TIPO DE AMPUTAÇÃO 

5 paratletas, cada um representando um tipo de amputação diferente: bilateral, transtibial, desarticulação de joelho, membro superior.
Diferentes tipos de amputação.

Esse é outro ponto crucial no tempo de adaptação as próteses ortopédicas: “o tipo de amputação é peça chave, principalmente no que diz respeito ao tamanho do coto”, reconhece. Com uma amputação que resultou num coto grande, a fixação da prótese ortopédica ocorre de forma mais fácil e com um encaixe melhor. Já nos cotos pequenos, o encaixe é um pouco mais complicado e pode demandar um tempo de adaptação maior por parte do paciente.

3 – SISTEMAS DE PRÓTESE

“Muitas vezes as próteses indicadas para o nível de amputação do paciente, não é compatível com sua renda, o que faz com que ele busque alternativas mais simples, com a qual ele tenha condições de arcar com os gastos”, afirma o fisioterapeuta.

Para não aumentar muito o tempo de adaptação, é preferível que o amputado esteja por dentro das 7 maneiras para comprar uma prótese do zero, como o FGTS para compra de próteses ortopédicas e o Crédito Acessibilidade BB, a fim de investir na protetização.

4 -SENSIBILIDADE DO COTO

Outro ponto fundamental é o estado em que o coto está. Segundo o Dr. Sancinetti, essa parte do corpo também determina o tempo de adaptação as próteses ortopédicas, principalmente por estar localizada entre a pele e a prótese ortopédica. “Um coto bem cicatrizado e maduro, leva a pessoa a se adaptar mais rápido a protetização, diferente de um paciente com um coto inflamado ou infeccionado”.

Como dito anteriormente, a ordem desses fatores varia de caso para caso, mas, para o fisioterapeuta, uma pessoa com todas as condições favoráveis para a adaptação, aliaddo a psicoterapia pós amputação e a fisioterapia, levaria de 6 a 12 meses para o uso pleno do material.

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