As Próteses Biônicas são dispositivos de última geração que através de sensores superficialmente conectados ao músculo do paciente, captam pulsos elétricos que possibilitam maior mobilidade e autonomia para amputados de membro superior.

Sonho de consumo de muitas pessoas é considerado um dos sistemas protéticos mais realistas do mundo, a prótese biônica ajuda a restabelecer de forma natural o movimento fisiológico no membro amputado. 

Alguns componentes mais atuais podem ser controlados de maneira intuitiva, como as mãos, cotovelos, joelhos e pé biônicos que permitem maior liberdade de movimento, aumentando as chances do amputado viver experiências até então inimagináveis, como passar uma linha numa agulha, por exemplo. 

O principal objetivo das próteses biônicas não é apenas restaurar a funcionalidade dos membros perdidos, mas criar uma reconexão com o mundo.

Diferenças entre próteses mecânica e prótese biônica 

Os dois tipos de próteses substituem os membros amputados e reestruturam o equilíbrio do paciente, entretanto, apresentam diferenças significativas que podem influenciar no tempo de adaptação às próteses ortopédicas

Enquanto a prótese mecânica propicia movimentos restritos e comuns, como abrir ou fechar a mão em formato de pinça, a prótese biônica consegue reproduzir com facilidade os movimentos fisiológicos, como desenhar, por exemplo. 

Outra diferença é em relação ao encaixe dessas próteses, já que para encaixar as próteses mecânicas, é feito um molde de gesso do tamanho exato do coto do paciente para posterior encaixe com um liner de silicone evitando o atrito direto com a pele. 

Entretanto, o grande diferencial das mãos biônicas para outras próteses existentes são seus componentes que estão aptos para simular de forma mais real os possíveis movimentos fisiológicos da mão humana. 

É importante considerar que cada fabricante possui alguns modelos com características e funcionalidades diferentes também, que contemplam funções básicas e complexas.  

Quais os tipos de próteses biônica?

Próteses-Biônicas

O Brasil possui dois fabricantes com origem europeia autorizados a fabricar e comercializar estes componentes de acordo com todas as normas exigidas pelos órgãos brasileiros que controlam a qualidade e segurança dessa categoria. Estes produtos vêm sendo aprimorados há mais de uma década pela alemã Ottobock e a islandesa Ossur

Próteses Biônicas para Membros Superiores

A Ottobock Brasil disponibiliza duas versões de mão biônica. A primeira a ser comercializada foi a próteses Michelangelo que possui sobretudo um formato bem próximo ao fisiológico de uma mão humana, motores independentes para a abertura e fechamento da mão. 

Inclusive, este movimento é realizado de acordo com a contração que o usuário realiza e não possui nenhuma especificidade de pinça para determinadas atividades, mas executa o movimento de abertura e fechamento de forma natural, podendo facilitar o agarre a objetos que não necessitam uma coordenação motora fina, isso quer dizer que ela executa tarefas minuciosas de maior dificuldade, possui um punho com liberdade de movimento de forma passiva, podendo se adaptar melhor ao agarre às superfícies que se encontrem em posições desfavoráveis, como o volante do carro. 

A Ottobock também conta com o modelo BeBionic que, como já citamos, é um componente que possui mais possibilidades ao usuário, assim como um sistema eletrônico e funcional mais moderno e atualizado também. Esta mão possui um formato muito semelhante ao da mão humana e diversos tamanhos, inclusive específicos para mulheres e adolescentes.

mao-bionica

Este componente conta com 12 tipos de pinça possivelmente programáveis que ajudam o usuário de forma segura e eficaz nas mais variadas tarefas durante o dia, como pegar uma caneta ou objeto pequeno, até mesmo executar tarefas com ferramentas, Como cada uma dessas atividades possui uma pinça (função) específica para a superfície dos objetos, a prótese conta com um punho que pode realizar uma rotação passiva de até 360° para otimizar todas as funções existentes. 

Por fim, o usuário conta com uma luva estética em silicone onde a cor é definida de acordo com o tom de pele do usuário.

Em contrapartida, a Ossur possui três modelos de mãos biônicas de nome I-Limb e suas respectivas subdivisões. Todas as próteses oferecem programação e personalização de funções através do software Biosim e my I-Limb; ajuste de velocidade funcional da mão em até 30%; rotação manual do polegar; tipos diferentes de agarre; dedo indicador que funciona em touchscreen; 4 versões de tamanhos e coberturas estéticas próximas ao tom de pele do paciente.

Todas essas características estão presentes no I-Limb Access, porém o modelo conta com 12 possíveis tipos de pinças e a rotação do polegar ocorre de forma passiva e manual.

Com o modelo intermediário I-Limb Ultra, alguns opcionais são otimizados para atender de forma mais assertiva algumas atividades, por isso este modelo possui o total de 18 modos de pinça, função Auto-Grasp que permite que a mão entre em ação e aumente a pressão do agarre quando estiver segurando objetos que possam escorregar (copos, latas e garrafas) e opcional de dedos em titânio para aumentar em até 50% a capacidade de carga da prótese biônica. 

Por fim o modelo I-Limb Quantum, conta com todos os opcionais da versão ultra com mais de 30 tipos diferentes de pinça, totalizando 36 tipos diferentes, sendo assim o usuário tem uma maior opção de atividades específicas que podem ser programadas. Este modelo também conta com integração a dispositivos Smartwatch da marca Apple para ajustes e feedback da mão.

Próteses Biônicas para Membros Inferiores 

Projetado para os níveis de amputação transtibial, transfemoral, desarticulação de joelho ou quadril, os componentes possuem sensores que captam informações do meio e são capazes de facilitar atividades diárias. Por exemplo, um amputado transfemoral pode descer uma escada ou uma rampa, até mesmo sentar em uma poltrona. 

O dispositivo é capaz de interceptar uma atividade específica e se ajustar, a fim de facilitar e proporcionar maior segurança para o usuário. 

Em alguns casos, quando a prótese biônica é a prova d’água e o amputado quer andar em um local com o nível da água acima da cintura, o componente necessita interpretar que está realizando uma marcha submersa na água e alterar sua resistência, para conseguir realizar tais movimentos, já que a força que o ar exerce sobre um corpo é diferente dentro d’água. 

Próteses do futuro

Na Suíça, cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne estão desenvolvendo uma prótese biônica que consegue responder aos comandos do cérebro mais rápido do que a mão humana.

A combinação da tecnologia de neuroengenharia com a robótica permitirá que amputados tenham mais controle de suas mãos.

A mão biônica do futuro funcionará a partir de sensores colocados no coto amputado, e eles irão detectar a atividade muscular do paciente ao tentar movimentar os dedos.

Foi desenvolvido pelos pesquisadores um algoritmo baseado em machine learning, ele é responsável por decodificar os impulsos neuromusculares que são enviados pelo cérebro do paciente. Com isso os sensores registram esses impulsos e aprendem os movimentos que vão treinando o sistema a melhorar cada vez mais.

Segundo os cientistas é necessário o amputado fazer diversos movimentos para que o sistema possa identificar qual atividade está relacionada com qual ação. Depois que ele entender, é possível controlar cada dedo de forma independente.

As próteses ainda terão sensores que ensinam a reagir a objetos e a fechar automaticamente, tudo isso é possível graças à combinação de tecnologias.

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