Dor nas costas, também conhecida como dorsalgia, é um incômodo relativamente comum. Em alguns casos, pode indicar algum problema mais grave de saúde, mas em boa parte dos momentos ela é causada por cansaço da coluna devido a alguma atividade física, má postura ou sedentarismo.
Ainda assim, existem dores que podem ser causadas por hérnias de disco, doenças ou infecções. Por esse motivo, é importante manter sua saúde como uma prioridade e realizar consultas rotineiras ao médico, especialmente se suas dores forem constantes.
Porém, há situações ainda mais específicas que podem levar a um incômodo na região. Dentre elas, pacientes com próteses em um membro amputado podem sentir alguma dor nas costas. Mas afinal, por qual motivo esse desconforto acontece em uma região que não possui prótese?
Para sanar essa e tantas outras dúvidas em relação a esse tópico, nós da Conforpés preparamos o texto abaixo!
Por que esta dor nas costas acontece?
A dorsalgia em pessoas que vivem com próteses em alguma parte do corpo pode ocorrer, principalmente, por um ajuste mal feito do aparelho no membro. Um encaixe mal feito ou uma prótese criada nas medidas incorretas acabam trazendo um grande incômodo ao corpo do paciente.
Isso ocorre pois, após a amputação de um membro, o corpo realiza movimentos compensatórios devido à falta de uma região importante para seu funcionamento. Esses movimentos são sanados quando uma prótese é criada para uma pessoa amputada.
Porém, quando essa operação não é feita de forma eficaz, o corpo volta a realizar movimentos compensatórios, causando dores nas costas e até mesmo no pescoço e outras articulações.
Quais membros amputados mais causam dor?
A dor nas costas varia de acordo com o nível da amputação. Por exemplo, amputações transtibiais, que ocorrem na panturrilha, tendem a causar menos dorsalgia que as desarticulações do joelho, quando a articulação é amputada.
Quando as próteses dos membros inferiores, como pés, panturrilhas, joelhos e coxas, não estão bem ajustadas, ou estão com medidas erradas, sendo muito longas ou muito curtas, o equilíbrio do corpo é comprometido.
Dessa forma, a coluna precisa fazer um esforço maior para manter o corpo em pé. Então, em algum tempo, sejam dias, semanas ou até meses, a dor virá devido ao cansaço dos músculos.
Ainda, pacientes com próteses tendem a não ter uma caminhada tão natural. Por esse fator, é importante estar constantemente verificando o ajuste da prótese, para seu melhor proveito. Ainda assim, pode haver um incômodo nas costas devido a um possível esforço físico em demasia de certa região da coluna.
Afinal, há uma maior fraqueza no lado em que se encontra o membro amputado. Além disso, a comunicação entre os músculos não é mais a mesma. Estes dois fatores fazem com que certos músculos trabalhem mais, enquanto outros são menos utilizados e têm um descanso demasiado.
Os tratamentos mais eficazes
Contudo, a dorsalgia é totalmente tratável. O lado bom é que há diversas formas de ajudar seu corpo a diminuir a dor. Portanto, você pode escolher, junto de seu médico ortopedista ou fisioterapeuta, qual mais se encaixa na sua necessidade e na sua saúde.
A seguir, conheça os melhores tratamentos para a dor nas costas.
1 – Exercícios físicos de fortalecimento
Em conversa com seu fisioterapeuta, vocês podem criar um plano de exercícios cotidianos para o alongamento e fortalecimento de seu corpo. Em especial da região amputada. É importante que o planejamento seja feito junto do profissional, pois ele é quem melhor conhece seu corpo e como ele funciona. Dessa forma, ele será capaz de criar uma série de exercícios totalmente segura.
2 – Controle do peso corporal
O que acontece com alguns pacientes após a amputação de um membro é a adesão ao sedentarismo. Essa prática pode ser causada por fatores psicológicos, devido à falta do membro natural, ou pela dificuldade de adequação à prótese.
Por esse motivo, o acompanhamento de um psicólogo após a operação é fundamental para o paciente. Além, claro, do fisioterapeuta, como citado anteriormente.
Ambos irão ajudar o paciente a praticar exercícios constantes, que evitarão que ele não movimente o corpo da maneira necessária e prejudique sua saúde. Afinal, um corpo pesado tem uma maior dificuldade em manter um bom equilíbrio. No caso de pessoas amputadas, isso é ainda mais prejudicial.
3 – Ajuste adequado das próteses
Um dos tópicos mais citados ao longo do artigo foi, justamente, o ajuste da prótese. Ele é de extrema importância para o bom aproveitamento do aparelho, para a saúde do amputado e para seu físico.
Então, de tempos em tempos, é necessário verificar a altura e o encaixe da prótese, pois com o uso rotineiro, ela pode se acomodar demasiadamente no corpo.
Ao ajustá-la de forma correta, o corpo retornará a funcionar de maneira adequada, aliviando a pressão na pélvis e os músculos das costas, especialmente da parte inferior.
4 – Mudanças na rotina
As próteses atuais já são tão avançadas tecnologicamente que permitem uma vida natural e de ótima qualidade para quem possui um membro amputado. Ainda assim, certas mudanças são necessárias na rotina.
Há quem coloque mais peso em uma perna do que em outra ao caminhar, ou que mexa mais uma que a outra. Porém, ações como essas não fazem bem para a saúde, especialmente de alguém amputado.
Então, exercícios como caminhar em marcha ajudam seu corpo a acostumar-se com um caminhar mais equilibrado e proporcional a sua saúde. Além disso, exercícios de alongamento também aliviam a pressão das costas e melhoram sua capacidade de suportar os movimentos inferiores.
5 – Terapias
As terapias realizadas com o fisioterapeuta, conhecidas como terapias passivas, são de ótimo auxílio para a saúde das pessoas em geral. Ao se tratar de pacientes com membros amputados, sua prática torna-se ainda mais importante e eficaz, especialmente para dores na lombar.
Portanto, práticas como alongamentos, massagens, acupuntura, manipulação articular e tantos outros tratamentos alternativos irão contribuir para o corpo do paciente amputado e diminuirão a dor.
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