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Nível de mobilidade: Conheça mais

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O nível de mobilidade é uma classificação conhecida pela nomenclatura de “Níveis K”. Ela ajuda a definir quais componentes protéticos são ideais para cada tipo de usuário. A adaptação é importante visto que cada usuário tem uma necessidade e condição específica. Portanto, o tipo de prótese deve ser o mais específico possível.

Para entender melhor o que são os níveis de mobilidade, vamos recapitular alguns conceitos e funcionalidades das próteses ortopédicas.

O que é uma prótese ortopédica?

De forma simples, é a substituição artificial de um membro ausente. O principal objetivo do uso da prótese é ajudar a pessoa com amputação a recuperar sua independência em relação aos movimentos.

É importante mencionar que a própria escolha de usar ou não uma prótese deve ser uma escolha pessoal. No entanto, ela pode ser um dispositivo para fazer com que as pessoas com amputação possam seguir seus objetivos de vida e realizar diferentes atividades.

Para entender melhor sobre prótese ortopédica, baixe aqui nosso guia do amputado. 

Próteses distintas para objetivos distintos

As motivações para o uso de uma prótese podem ser distintas. Elas podem ter relação com uma vontade de voltar a andar e correr de forma plena ou se basear em uma preocupação com a aparência e auto estima. 

Assim, a depender de quais atividades a pessoa deseja realizar, existem tipos de prótese ortopédica que são mais ou menos apropriadas, conforme o nível de mobilidade. Não se trata de uma ser melhor do que a outra; simplesmente elas podem ser mais adequadas conforme o objetivo de cada pessoa. 

Ao longo do processo de adaptação do uso da prótese, você deve trabalhar com o técnico e a equipe de reabilitação para entender qual modelo melhor se adéqua ao que você precisa. Então, o trabalho com o fisioterapeuta vai te mostrar como utilizá-la da melhor maneira possível, de modo que você atinja os seus objetivos. 

Como funcionam as próteses ortopédicas?

Literalmente, elas funcionam como uma extensão do corpo humano. É importante que a escolha do modelo esteja de acordo com a condição de cada pessoa, idade e necessidades cotidianas. 

Nesse contexto, a função do técnico em próteses é muito importante. É ele quem será o responsável por realizar a análise de nível de mobilidade e fazer as recomendações necessárias. Após essa etapa, ele cria o dispositivo adaptado, de modo a melhor atender ao seu estilo de vida. 

Quais são os componentes de uma prótese?

Na verdade, os componentes de uma prótese tanto de membro superior quanto inferior são muito semelhantes. Assim, uma prótese de membro superior sempre apresenta algum tipo de dispositivo terminal, seja um gancho ou ferramenta especializada, que possa aprimorar a sua funcionalidade.

No caso das próteses de membros inferiores, o dispositivo vai variar conforme o tipo de amputação. Por isso, na amputação transtibial podemos observar o encaixe, o corpo e o pé. Se a amputação for transfemoral, acrescenta-se o joelho. 

Qual é a relação entre os componentes de uma prótese e o nível de mobilidade?

No caso de pernas protéticas, a seleção dos componentes deve ser pensada de acordo com cada indivíduo e com a sua expectativa e potencial de capacidade funcional. Portanto, será importante considerar quais atividades ele deseja executar e qual o nível de mobilidade necessário para elas.

Esses níveis de mobilidade se baseiam em quatro classificações distintas, que são chamadas de “Níveis K.” Por essa razão, cada componente de prótese se atribui a um nível K correspondente. Assim, a partir da análise das suas necessidades particulares, o técnico em próteses seleciona os componentes que melhor se adequam para você. 

Como cada pessoa define o seu nível de mobilidade K?

Isso será responsabilidade do técnico ortopédico ou do médico que acompanha o caso. Em geral, muitos fatores são levados em conta. Os principais são:

  • Idade;
  • Peso;
  • Constituição física;
  • Nível de amputação;
  • Características contundentes.

Caso a pessoa sinta alguma dor persistente por conta da amputação, esse fator deve ser considerado. Da mesma forma, qualquer tipo de comorbidade também precisa ser incluída na avaliação final. 

Quais são as quatro categorias de nível de mobilidade?

Conforme falamos, existem quatro classificações principais para identificar os “níveis K”. 

Nível K1

Muito pouca mobilidade.. Nessa categoria, a pessoa tem capacidade ou potencial de usar uma prótese para gerenciar distâncias de caminhadas em superfícies planas a uma certa velocidade fixa. É apropriada, por exemplo, para uma pessoa que só ande em sua própria casa. 

Nível K 2

Mobilidade limitada. Aqui, com a ajuda da prótese, a pessoa consegue lidar com distâncias de caminhada que são limitadas em uma velocidade baixa. Ela está apta a caminhar por obstáculos ambientais de nível baixo, como degraus e pisos irregulares. 

Nível K 3

Mobilidade média. O auxílio da prótese permite que a pessoa se movimente de forma livre em diferentes tipos de terrenos e superfícies. Então, a pessoa pode andar em velocidades variadas e caminhar pela maioria dos obstáculos ambientais. Além disso, elas são aptas a realizar atividades distintas, de tipo recreativo, terapêutico, ocupacional ou exercícios físicos sem que a prótese fique sobrecarregada. 

Nível K 4

Alta mobilidade. Esse nível identifica os caminhantes ao ar livre com requisitos particularmente elevados. Nessa categoria, a pessoa pode se mover sem restrições, com tolerância ao alto impacto a e a diferentes níveis de energia. Os tempos de caminhada são ilimitados. Esses modelos de prótese conseguem atender até mesmo as necessidades de atletas. 

Qual o tempo médio recomendado para iniciar a protetização?

De forma geral, o processo de protetização pode ser iniciado entre 45 e 60 dias após a amputação do membro. No entanto, isso só poderá ocorrer de fato se o paciente não tiver nenhum outro trauma no corpo na ocasião.

Não é incomum que algumas pessoas levem mais tempo para iniciar esse processo, como aproximadamente 3 meses. É fundamental que um médico faça o acompanhamento do paciente, de modo a liberá-lo para usar a prótese. Em hipótese nenhuma essa avaliação deve acontecer de forma autônoma ou sem o acompanhamento médico. 

Como funciona o processo?

O processo de reabilitação para o início da protetização se inicia a partir de fisioterapia e terapia ocupacional. É essencial aprender a se mover com diferentes dispositivos, como andador e muletas. Os exercícios são essenciais para que a pessoa com amputação se alongue, de modo a evitar contraturas musculares.

Essa etapa de preparação é fundamental porque mantém o paciente em movimento através dos exercícios. Só então, ele poderá iniciar o processo de protetização, a partir das primeiras análises com o técnico de prótese sobre o seu nível de mobilidade. 

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