Bettina Baggio Laperuta Froes, de 6 anos, é moradora de Cafelândia no interior de São Paulo, para ela é muito natural o uso da prótese, pois nasceu com agenesia do pé esquerdo o que fez com que usasse desde pequena.

Como ela já nasceu com malformação, desde 1 ano e 4 meses já estava andando com a prótese e por isso não teve um processo de adaptação difícil, da mesma forma que uma criança aprende a andar com as duas pernas, Bettina aprendeu a andar com a prótese, então foi como se fizesse parte dela mesmo.

Bettina sempre fez muitos questionamentos que são normais para crianças, e segundo Carla, mãe de Bettina, ela perguntava porque usava a prótese e Carla explicava que é necessário uma ajudinha, seja para andar ou seja para quem usa óculos enxergar melhor.

De vez em quando, é preciso traçar alguns paralelos para que vejamos que algumas coisas são como auxílio que todos precisam em um momento da vida, e Bettina sabe lidar muito bem com isso, ela enxerga a prótese como parte dela, tanto que na escolinha quando desenha a família nunca estava de prótese, sempre com as duas pernas.

É normal as pessoas olharem quando vê alguém com prótese e Carla contou um pouco de como é isso para Bettina.

“A gente mora em uma cidade bem pequena, todo mundo conhece ela e é a única criança da cidade que usa prótese, mas a princípio gera sim uma curiosidade nas crianças que nunca viram e eu explico pra ela em casa que isso é comum, é a mesma coisa quando ela vê alguém na rua de cabelo cor de rosa ou azul, ela acha lindo, fica olhando, ela que saber e isso acontece quando as pessoas que não conhecem a prótese vê ela de prótese, elas têm curiosidade, as crianças costumam querer pegar, já aconteceu dela retirar e entregar para uma criança e falar olha minha prótese.”

Bettina consegue lidar muito bem com essas situações e isso a ajuda muito em seu dia a dia, quando troca a estampa da prótese, por exemplo, faz questão de ir de shorts na escola pois quer que todo mundo veja sua prótese nova e isso mostra o orgulho que ela tem da prótese e até de sua condição.

As pessoas acabam praticando algum ato de preconceito, às vezes até sem saber. Crianças de forma inocente podem fazer isso, afinal, não sabem o que é certo ou errado e Bettina já passou por uma situação dessa em uma festa, onde outra criança falou que não queria brincar com ela, pois ela tinha um pezinho estranho.

“Foi muito interessante, pois isso gerou uma revolta nas outras crianças, ficaram iradas e acabaram excluindo a menina que falou isso da brincadeira, vendo a indefesa da Bettina, inconformadas com aquele comportamento.” conta Carla.

O contato da família com a Conforpés foi através de um familiar que conhecia o Senhor Nelson porque ele trabalhava em uma instituição em Bauru, e foi lá que ele conheceu o trabalho da Conforpés. Carla relata que a Conforpés é uma referência e que não imaginava que teria a possibilidade de ter essa parceria com a empresa e que isso foi um Deus em suas vidas. 

“A Conforpés pra nós, meu Deus, é tudo assim, significa dignidade, respeito, empatia, eu acho que eles não proporcionam qualidade de vida só pra minha filha, eles proporcionam para toda nossa família e nossos amigos que amam a Bettina. Porque você ver uma criança que nasceu sem um pé poder andar com um ano e quatro meses, poder ir em um pula pula, poder comprar um sapato que seja e estar inserida ali no universo dela naturalmente, isso é um presente de Deus, não tem outra explicação.” comenta Carla

Apesar de ter apenas 6 anos e já fazer o uso da prótese desde pequena, para Bettina é tudo muito normal, ela não tem limitação nenhuma, pelo contrário, adora participar das aulas de educação física, pois ela fala que sempre corre mais que todo mundo e ganha as competições. Essa atitude deixa toda sua família muito feliz, mostra a representatividade, e isso encoraja a Bettina, traz autoconfiança e felicidade.

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