Giovanna Cammago de 24 anos, nasceu com o fêmur curto congênito e com apenas um ano e meio já fazia o uso de prótese, mas aos 18 anos algo começou a incomodá-la e foi em busca de ajuda, aos 20 anos ela realizou a amputação do pé que era na altura de seu joelho e começou um novo processo de adaptação com a prótese.
Para Giovanna fazer o uso de prótese é algo bem tranquilo, é claro que assim como tudo em nossa vida as vezes temos momentos bons e as vezes ruins, mas o importante é estar sempre buscando o aprendizado, trocando experiência, tanto com quem faz a prótese quanto com outras pessoas que usam, afinal é assim que vamos adquirindo mais conhecimento e autoconhecimento.
E aqui na Conforpés Giovanna tem contato com profissionais amputados, que trazem muitos benefícios no processo de protetização, pois entendem perfeitamente o que cada amputado passa diariamente. Além de amputados na nossa equipe, Giovanna também conversa com outros pacientes e trocam experiências que podem levar para a vida toda.
Mas nem sempre é fácil e o preconceito algumas vezes está inserido no nosso dia a dia e é preciso lidar com isso.
“Já passei sim o preconceito, mas foi comigo mesma, nunca sofri nenhum preconceito externo, o máximo que pode ter acontecido é em algum outro país que tem uma cultura diferente, eu fui recebida de uma forma diferente, mas a única situação mesmo de preconceito que eu sofri, eu não sei nem se foi preconceito, talvez tenha sido um medo adoslecente, um monte de informação nova, hormônio e tudo mais, então eu acabei criando, desenvolvendo um preconceito comigo mesma, mas durou um pequeno período da minha vida aí só.” conta Giovanna.
Existem países com culturas muito diferentes da nossa e por isso, essas situações podem acontecer, mas também existem alguns que tratam todos de forma normal, assim como deve ser. Devemos sempre saber lidar com a situação em que estamos, principalmente quando estamos fora de nosso ambiente comum.
Como Giovanna começou a usar prótese muito nova, não sabia entender tudo que estava acontecendo, então acabou sendo mais natural e sem muito sofrimento. A segunda adaptação, quando fez a cirurgia de amputação, também foi um processo tranquilo, é claro que teve dificuldades como dor e a recuperação da cirurgia, mas a ajuda de bons profissionais e componentes de qualidade facilitaram.
A primeira prótese de Giovanna era do SUS e quando optou por fazer a amputação, foi em busca de uma empresa para fazer sua nova prótese, mas não teve uma boa experiência e ficou muito chateada achando que não iria conseguir. Depois de realizar a cirurgia, uma pessoa próxima indicou a Conforpés e tudo mudou.
“Eu fui lá e foi incrível porque a gente já rolou uma super identificação e o Nelsinho parece que leu meu pensamento sobre o que eu queria e o que eu precisava e até mesmo como a gente faria para ter a melhor experiência possível, foi exatamente isso que aconteceu, foi uma experiência única eu diria, foi bem marcante.” relata Giovanna.
Atualmente utiliza duas próteses que funcionam em um sistema transfemural, como uma alavanca, como se fosse um fêmur. Em sua prótese do dia a dia, Giovanna utiliza o pé eleison que é o anterior ao proflex, um joelho 3r60 da ottobock e também utiliza o sistema revofit, ao qual se adaptou muito bem. Giovanna também tem sua prótese de banho e piscina, que leva pra praia, por isso é preciso utilizar um pé um pouco mais simples, o sistema é simples de vácuo somente com liner.
Modelo e influenciadora digital, Giovanna nunca sentiu dificuldade para se encaixar no mercado de trabalho, tudo aconteceu de uma forma leve e orgânica, para ela, isso tem muita relação com a área que trabalha atualmente.
Para Giovanna trabalhar com as redes sociais, como o Instagram (@gicammargo), é a possibilidade de ser como ela realmente é, por lá é possível compartilhar muito sobre sua vida e até tirar dúvidas de outras pessoas que possuem a mesma deficiência. Esse trabalho com a internet aconteceu de forma natural em sua vida, não foi nada planejado.
Mas além de seu trabalho sua lista de hobbies é bem grande, tudo que envolve desafio e novas experiências ela está em busca de fazer. Viajar é um de seus preferidos, viver coisas novas é primordial. A prática de esportes também faz parte de seu dia a dia e se for radical, melhor ainda.
E independente do que sonha em fazer, usar prótese nunca foi um empecilho para Giovanna.
“A prótese tem muito significado pra mim né, além da liberdade, autonomia, independência, qualidade de vida, significa quem eu sou, porque eu gosto muito de ter essa característica, esse diferencial, eu gosto de ser uma pessoa diferente eu acho que a gente deve valorizar mais as diferenças que a gente tem entre eu e você, enfim entre todos nós, então eu gosto muito disso, dessa característica que a prótese traz pra minha vida também.” conta Giovanna
E a Conforpés faz parte desse processo, são cinco anos juntos com a Giovanna, sempre proporcionando uma sensação de acolhimento e de identificação, afinal a prótese é um capítulo enorme de sua vida e de extrema importância e ter uma boa experiência é essencial.
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