A prótese ortopédica muda a vida de muitas pessoas, possibilita que elas tenham uma vida diferente e principalmente uma liberdade de fazerem o que quer sem depender de ninguém. É claro que existe todo um processo desde a amputação até a adaptação, mas quando isso acontece a realidade muda totalmente.
E com Elayne Cardoso de 59 anos que é moradora de Sorocaba não é diferente…
Há 9 anos ela fazia o uso de uma prótese no joelho devido a um Lúpus e foi preciso fazer a remoção para a colocação de uma nova. 7 meses depois foi constatado que essa troca não tinha dado certo, e foi aí que começaram vários problemas.
Elayne precisou ficar internada durante dois anos no hospital e foram feitas várias tentativas de próteses e fixador, mas após 41 cirurgias foi necessário a amputação de seu membro inferior a partir do fêmur. Isso aconteceu porque a osteomielite havia se espalhado e para sobreviver era preciso ter essa atitude.
E foi aí que ela começou a usar a prótese da perna, que atualmente é o modelo C-leg 4 da Ottobock, mas que antes disso o processo de adaptação não foi nada fácil, as dores sempre foram uma barreira muito difícil.
“As dores são no local onde não possuo mais fêmur, não tenho coto, só uma pele neste local. Há um neuroma que faz com que tenha dores enormes, a ajuda dos médicos é essencial para o dia a dia.”
Durante as fisioterapias Elayne sofreu uma queda na rua e neste período tinha apenas o cinto de proteção do cesto, e isso resultou até em alguns problemas de saúde, depois disso ela levou sua prótese até a Conforpés e eles fizeram um ajuste colocando duas cintas de proteção.
E o cesto foi uma parte complicada durante a sua adaptação, foi preciso muitas interferências técnicas até que chegasse a um definitivo, e para isso foi preciso muita paciência e força de vontade.
Adaptação da prótese não foi fácil para Elayne e nem é até hoje. “Tenho que ter muita vontade e perseverança para poder fazer uso todos os dias.”
Mas mesmo com todas as dificuldades que ela e muitos outros pacientes passam, a prótese ainda faz com as pessoas se sintam com vida e tenham força de vontade para lutar apesar de tudo.
Apesar de uma adaptação difícil, mas que não é impossível, as dores acabam se tornando a maior dificuldade de todo o processo, após a conclusão o que fica é a parte boa, que são os amigos que se fazem e a conclusão da prótese.
“A Conforpés para mim significa uma luz no final do túnel, amigos, respeito e grandes profissionais”
Para Elayne a prótese hoje é significado de qualidade de vida e liberdade, pois se não fosse pelas próteses, sua vida seria em cima de uma cadeira de rodas e com muita tristeza.
O principal intuito da Conforpés é levar essa esperança e vontade de viver a todas as pessoas que por algum motivo passam por uma amputação. E por mais que o processo seja longo e a adaptação difícil no final o resultado faz tudo valer a pena.