Primeiro de tudo, é preciso compreender que a fisioterapia ocorre em dois períodos distintos: na pré e pós protetização.

Quando Vitor Dourado precisou amputar as duas pernas após um grave acidente de carro, escutou dos médicos sobre os riscos da síndrome do membro fantasma, a relevância do tratamento psicológico e da fisioterapia também. “É bom você arranjar um fisioterapeuta logo”, alertavam as enfermeiras. Talisson, que precisou amputar um membro superior aos 9 anos de idade, ouviu o mesmo conselho.

Mas afinal de contas, qual a real importância da fisioterapia para o amputado? O Dr. Raphael Sancinetti explica para gente!

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FISIOTERAPIA PRÉ PROTETIZAÇÃO

Na fase pré protetização o coto é o centro das atenções. “É neste momento que cuidamos do coto do paciente, pois temos que prepará-lo para receber a prótese.

Por isso, nos preocupamos com sua cicatrização, dessensibilização, higienização e ensinamos o enfaixamento correto também”, esclarece Raphael.

Não há um tempo universal para todos, já que as particularidades de cada caso precisam ser levadas em consideração.

Independente das características clínicas, além de preparar o coto para a prótese ortopédica, o principal objetivo da fisioterapia pré protetização é:

  • Estimular o metabolismo do paciente;
  • Reduzir possíveis edemas.

FISIOTERAPIA PÓS PROTETIZAÇÃO

Já o objetivo da fase pós protetização é treinar os membros corporais que não foram estimulados no acompanhamento anterior, exercitando principalmente o equilíbrio e a força do amputado.

Porém,  esses exercícios não são os mesmo para todo mundo, já que as necessidades de um amputado de mmss , como no caso de Talisson, é diferente de um de membro inferior, seja de amputação transfemoral, desarticulação de joelho, quadril ou transtibial, como Dourado.

E, dentre esses níveis, as prioridades também não são iguais, já que os componentes protésicos são distintos.

“Um paciente com prótese transtibial tem o tratamento totalmente diferente do transfemoral, já que esse último irá precisar de um joelho protésico. As diferenças funcionais tornam a reabilitação personalizada para cada caso”, comenta o Dr. Sancinetti.

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“Na fisioterapia de membros inferiores a gente reensina o paciente a marchar, a subir escadas, descer rampas e até mesmo a se proteger em caso de quedas”, analisa o fisioterapeuta.

Em membros superiores, por exemplo, o equilíbrio do paciente é afetado, mas a atenção é voltada para atividades comuns, como pentear o cabelo, escovar os dentes e comer sem o auxílio de alguém. Geralmente a reabilitação obtém melhor resultado se aliado aos cuidados de um terapeuta ocupacional também.

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DURAÇÃO DA FISIOTERAPIA PÓS PROTETIZAÇÃO

O tempo de adaptação protésica varia de paciente para paciente, já que fatores como idade do amputado, nível de amputação, sistema da prótese e a sensibilidade do coto são levados em consideração.

A ordem desses fatores varia de caso para caso, mas, para o fisioterapeuta uma pessoa com todas as condições favoráveis para a adaptação e aliado a psicoterapia pós amputação, levaria de 6 a 12 meses para o uso pleno do material.

É sempre bom ter em mente, que a adaptação não ocorre do dia para a noite, e provavelmente é uma das etapas mais difíceis que todo amputado enfrentará, mais até do que a própria amputação. É neste ponto que os limites serão testados, entretanto, sua superação será diária.

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Para saber mais sobre a importância da fisioterapia para amputados e exercícios para dessensibilização do coto, baixe gratuitamente nosso Guia do Amputado!