É indiscutível a importância das contratações de amputados para a economia do país.

A inclusão de deficientes no mercado de trabalho oferece a oportunidade de se reabilitar social, financeira e psicologicamente também, já que o mercado de trabalho oferece a interação com outras pessoas e a possibilidade  pertencer à um grupo social.

Neste contexto, o convívio com as diferenças é extremamente enriquecedor.

Não podemos nos esquecer que muitos amputados já enfrentaram desafios inimagináveis, e essa experiência ajuda a enriquecer o ambiente profissional com diferentes perspectivas do mundo.

E uma das maneiras de possibilitar a autonomia de amputados e ajudá-los na reinserção no mercado de trabalho, é com as próteses ortopédicas, que a cada dia estão ficando mais modernas e acessíveis também.

Seja de membros superiores ou com nível de amputação transtibial, transfemoral ou desarticulação de quadril ou desarticulação de joelho, através do salário ou do FGTS para compra de próteses ortopédicas, a protetização deixa de ser um sonho e começa a ser algo real.

Com a renda, além de investirem em uma prótese ortopédicas, os amputados começam a circular e a comprar mais também.

Isso quer dizer que, mesmo em pequena escala, passam a ser representados na grande mídia, principalmente por meio de filmes ou objetos de consumo popular também. 

O AMPARO LEGAL

A inclusão de deficientes no mercado de trabalho no Brasil é amparada pela Lei de Cotas, que obriga as empresas com 100 ou mais empregadas, a reservarem vagas para pessoas com deficiência, em proporções que variam de acordo com o número de empregados.

Apesar desta lei vigorar há mais de 20 anos, há muita resistência por parte dos empregadores, que ainda enxergam amputados e deficientes como desqualificados, nos levando a crer que essa exclusão ocorre devido ao preconceito cultural predominante em nosso país.

“Esperam muito mais de nós. A impressão que temos é que sempre precisamos fazer mais para nos manter ativos no cargo”, afirma Marcela Mantovanni, paciente da Conforpés.

É por isso que o processo de inclusão de deficientes no mercado de trabalho deve ser abraçado por todos os funcionários de uma empresa e, em nível nacional, por todos os cidadãos brasileiros. Juntos, podemos construir um Brasil com menos preconceito e intolerância.

CONFORPÉS E A INCLUSÃO DE DEFICIENTES

Boa parte dos funcionários da Conforpés são ex-pacientes da instituição.

O fundador da empresa, Nelson Nolé, entende que para os amputados conseguirem emprego é extremamente difícil, por isso, além da comercialização das próteses ortopédicas e da doação de 30% de todo seu lucro para deficientes físicos e amputados carentes, a ortopedia também prefere empregar pessoas que já passaram por grandes desafios e superaram as adversidades da amputação. 

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