Os constantes avanços tecnológicos proporcionaram próteses modernas e funcionais, que possibilitaram que o amputado desfrutasse das mais diversas ocasiões, como: praticar esportes, dançar ou até mesmo utilizar salto alto. Porém, o que ainda se mantém ultrapassado é o preconceito de muitas pessoas em relação à amputação, principalmente no que diz respeito a socialização.

De acordo com o IBGE, o Brasil tem 45,6 milhões de deficientes. Esse dado corresponde à 23,9% de toda a população.

E com um número tão expressivo assim, é importante que nossa sociedade esteja apta a conviver com as diferenças.

Por isso, separamos 7 frases que, independentemente do nível de amputação, seja de membros superiores ou inferiores, como desarticulação de quadril ou joelho, transtibial e transfemoral, os amputados não aguentam mais ouvir.

Você se identifica com nossa lista? Confira!

7 FRASES QUE VOCÊ NUNCA DEVE DIZER PARA UM AMPUTADO

1 – “VOCÊ LEVOU O SEU MEMBRO AMPUTADO PARA CASA?”

Não fique perto de pessoas que fazem esse tipo de pergunta. Curiosidade é algo natural, principalmente quando conhecemos alguém novo, mas bom senso e limites fazem parte de todos os relacionamentos.

Procure estar rodeado por pessoas que não se sentem intimidados pela sua amputação, e que acima de tudo, te respeitam e não fazem questionamento inaceitáveis.  

O membro amputado não é um souvenir para ser levado para casa, e inclusive, no Brasil essa atitude é ilegal. O hospital que realizou o procedimento cirúrgico é o grande responsável pelo descarte da parte amputada.

2 – “POSSO ENCOSTAR NO SEU COTO?”

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Algumas pessoas possuem o terrível hábito de quererem tocar em tudo, por isso é tão comum encontrarmos plaquinhas avisando que tal ato é proibido em certos lugares. E, apesar do interesse em passar a mão em superfícies diferentes, pedir isso para um amputado é desrespeitoso.

O contato pode desencadear infecções ou inflamações no coto, por isso, preste atenção em quem você deixa se aproximar dele.

3 – “VOCÊ É MUITO BONITO, MAS É UMA PENA QUE SEJA AMPUTADO”

Poucas coisas são piores do que um elogio acompanhado de uma desfeita. Amputados namoram, dirigem, trabalham, se casam e constroem uma vida como todo mundo.

A musa da natação paralímpica Camille Rodrigues, por exemplo, afirma que muitas oportunidades só aconteceram devido a amputação.

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4 – “TADINHO, ELE É TÃO JOVEM”

Muitas crianças nascem com malformações congênitas, como a hemimelia fibular, e recorrem à amputação para melhorar a qualidade de vida e diminuir a recorrência de cirurgias reparatórias ao longo da vida.

Apesar de ser comum associarmos amputações exclusivamente aos adultos, existem pequenos guerreiros que precisaram amputar algum membro antes mesmo de entrarem na escola.

A pequena Maria Clara, por exemplo, que nasceu com a perninha esquerda torta e precisou passar pelo processo de amputação aos 2 anos de idade, encontrou conforto, bem-estar e inclusão social através da sua prótese customizada com o desenho da Minnie.

5 – “ELE É PORTADOR DE DEFICIÊNCIA FÍSICA”

O termo “porte” é um substantivo que indica transportar alguma coisa. Por exemplo, você pode portar uma arma ou um documento, mas nunca uma deficiência.

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Outra expressão que muitos amputados não suportam mais ouvir é “portador de necessidades especiais”. Todos somos especiais. Não é nossa condição física, mental ou psicológica que deve determinar isso.

Ao conhecer alguém, deixe claro a maneira que prefere ser chamado.

6 – “VOCÊ É MUITO INSPIRADORA”

Temos histórias de vida incríveis aqui na Conforpés. Já tivemos a oportunidade de atender pessoas que perderam uma mão, até quem perdeu os 4 membros de uma vez. E, mesmo com diferentes níveis de amputação, o processo para superar os desafios psicológicos e conviver com a falta de acessibilidade é igualmente difícil.

Mais do que diminuir o tempo de adaptação às próteses, o maior sonho de boa parte dos amputados é ser tratado como o humano que verdadeiramente ele é.

7 – “O QUE ACONTECEU COM ELE”

Você está ali do lado, mas a terceira pessoa insiste em dirigir as perguntas para seu acompanhante. É preciso ter em mente que perder um membro corporal não está diretamente ligado à perde de funções psicológicas.

Muitos amputados almejam sua autonomia e, ser tratado como alguém invisível pode deixar muita gente irritada.

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